sexta-feira, 8 de julho de 2016

TODOS OS DIAS

Primeiro Dia

Sábado dia 25 de Junho


Decidimos fazer essa viagem sem muitos recursos financeiros. O André por estar recebendo apenas fração do salário  de lincensa e eu por ter investido tudo, absolutamente tudo que tinha no banco e nos bolsos numa propriedade na Alemanha.

Saida de Santa Catarina

André e eu. Depois de concorrer contra o tempo pegamos a estrada para minha casa em Peruibe, on passariamos duas noites para seguir de ônibus para o aeroporto internacional de Guarulhos. Saimos  de Blumenau. Usamos o meu EcoSporte que em breve seria do André.

A viagem foi tranquila. Rimos muito, ouvimos muita música boa e acabei dirigindo todo o percurso pela BR116 sem nenhuma dificuldade na estrada.


Chegamos em Peruibe por volta da meia noite.

Esquecemos de comprar comida, café, água.... fomos dormir famintos e felizes.


Segundo dia

Domingo dia 26 de Junho

Preparamos a viagem lá em Peruibe e depois fizemos um churrasco.

Terceiro dia

Segunda dia 27 de Junho

Acordamos cedo. Eu sai para comprar as passagens e tentar postar o celular quebrado do André para a Sansung. Correios sá abriria às 10h. Comprei as passagens para São Paulo. Busquei o André. Fiquei no ponto de ônibus com as malas e ele voltou para deixar o carro. Chegou a pé ao ponto e pegamos o ônibus às 10h30.

Chegamos bem no Jabaquara e conseguimos chegar no Terminal taubaté bem a tempo pra comer algo e seguirmos para o Aeroporto Internacional de Guarúlhos. Achamos tudo muito caro. André tomou uma vitamina, pois sua azia estava "atacando" e eu uma porção de salada, arroz e um pedaço de carne : R$15,00 um roubo.

Rodamos pelo o aeroporto por 2 horas e embarcamos pela Qatar às 18h00.

O vôo foi médio,. Refeição média, mas uma variedade grande de filmes. Assistimos Hair Spray - versão de 2009. Chemos a Buenos Aires antes de terminar.


EM BUENOS AIRES

Bem. Ao desembacar vimos que taxi até o Hotel seria muiiiiiiito caro. Mas logo entendemos que ao falarmos o nome do hotel Alma Del Plata eles entendiam Mar Del Plata que fica a 400 km da cidade. Uma vez desfeito o mal entendido (ainda bem que foi desfeito antes de aceitarmos entrar num carro rumo a outra cidade) pegamos um taxi direto para o hotel que nos custou por volta de 500 Pesos (170 reais).

O Hotel, simples, mas bem estruturado, lembrou-nos de uma taxa extra que elevou o total de diárias para 670,00 (reais). Aceitou reais.

Quarto médiozinho. Sem frigobar, apertadinho e a água aquecia como duas lesmas transando: bem.. len.. ta... men...te.

Saimos em busca de aventuras numa noite chuvosa e encontramos o Puerta Roja. Um bar super estiloso e transado a poucas quadras do Hotel. Comemos uma porção de Nachos com Guacamole. Uma delícia, mas o preço nos supreendeu. Essa porção e uma cerveja nos custou 140,00 Pesos (cerca de 46 reais).

Noite muito especial. Convermos muito e rimos muito. O tema central foi as Hitórias de Nárnia e o Armário.


QuartoDia

Terça, 28 de Junho

Acordamos as 10h e saimos para ter o primeiro contato com a cidade à luz do dia. Gostamos de tudo o que vimos. Fora as cacas dos cachorros que quase ninguém recolhe, a cidade é limpa, linda e charmosa. As pessoas elegantes e cordiais.

Fomos checar nosso aluguel de carro para o dia 03 (a 6 dias para frente). Aproveitamos e conhecemos o parque___ e o Obelisco, onde havia uma bandeira gay gigantesca pela celebração da semana da diversidade. Depois fomos até o Pride Café. Lindo, mas o café custa 30 pesos (Cerca de 10 reais). Descobrimos que esse é o preço médio do café em Buenos Aires.


No entanto descobrimos que um bom vinho se compra com cerca de 8 reais. Pronto. A acomodação estava arranjada. Menos café, mais vinho.

Passamos no supermercado, fizemos um lanche com pão, queijo e vinho no Hotel e saimos para um bar noturno chamado Flux.

No caminho paramos para comprar alfajor, Ao pagar André teve dificuldades com o espanhol e pediu ajuda a mim, meio aflito ao ouvir o caixa dizer as complicadas palavras "Quarenta e Quatro" e eu traduzi meio assombrado: "Quarenta e Quatro, André".




Mais a frente, quando caminhavamos pelo calçadão da Avenida Nove de Julho em Direção ao Obelisco, fui atacato de subto por um animal rastejante que me fez saltar de susto e se comprovou ser apenas uma bexiga atirada por uma criança que estava na porta do Mc Donald´s . Ninguém se feriu, apenas a minha dignidade. Recuperados da crise de riso seguimos a diante.

O Flux é um bar de porão, bem no estilo underground. A cerveja mais barata custa R$ 20,00. A música é boa e os frequentadores, bem simpáticos.

Lá conhecmeos o Gaston  que é jogardor de volei e já deu as dicas para o André sobre onde jogar.
Chegamos ao hotel as 4 horas

Quinto Dia

Quarta 29 de Junho

Decidimos pagar pelo café da manhã do hotel, pois os preços fora são ainda mais estravagantes. Comemos como dois hipopótamos e voltamos a dormir.

Acordamos ao meio dia e fomos conhecer o Caminito: Bairro histótico, lindo e mui armoso .... casas tradicionais, muito comércio turístico e fomos até abrodados e seduzidos por uma dançarina de tango a fazer fotos com ela. Bem, ela levou nosso dinheiro no dia que seria  conhecido como o dia que ficou conhecido como "O dia em que usamos todo o nosso dinheiro de alimentação com uma prostituta".























Depois de andar por volta de 3 km voltamos para o hotel e comemos pão, salgadinhos e vinho. Assistimos V de vingança e  Plano B , filme Argentino de Marco Berger com Manuel VignauLucas Ferraro .

Sexto Dia

Quinta, 30 de Junho

Passamos parte do dia no hotel, bem preguiçosos.

Com dificuldades com a água quente do Hotel decidi abrir torneira e chuveiro até vermos o vapor... o que viria a causar um curto circuito que queimou o carregador  de pilhas e deixou o quarto sem luz.





Resolvemos questões de reservas e cartão de crédito. A noite o André foi correr e compramos o nosso vinho de cada dia,





Mais tarde fomos a Flux. Encontramos Gaston que nos deu a triste notícia de que o salário padrão na Argentina é o referente a 5 mil reais, por isso poderiamos esquecer a esperança de encontrar coisas por preços menores. Disse que se formos ao sul podemos nos preparar para pagar 3 vezes mais por tudo. Em outras palavras... estávamos fritos, pois nosso voo de volta só sairia em 27 dias.

Curtimos um pouco a Flux, que estava bem lotada, com Dj e uma turma bem animada e elegante. Bem diferente da maioria dos Bares de São Paulo que transita entre o elitismo arrogante e a vulgaridade.

O Gaston nos convidou a ir a  Glam, local que, se chegássemos antes das 1h30 não pagariamos a entrada, E chegamos. Nós tres e mais dois amigos dele.



O Local é pra lá de agradável. Com pé direito muito alto e paredes de tijolinhos a vista. Meia duzia de gogo boys tranjando sungas coloridas distribuiam uma amostras de bebidas grátis e depois, quando a casa já estava lotada, dançamos até ás 5h da manhã.

Chegamos no hotel ás 5h50 em frangalhos.

SÉTIMO DIA

Sexta, 01 de Julho

Foi uma manhã de ressaca e preguiça. Acordamos atrasados, faltando 3 minutos para encerrar o café da manhã. Corremos para o salão e tomamos café ainda dormindo e voltamos pra cama.

Saimos às 16h para decidir o que fazer com tão pouco dinheiro em um pais com tudo tão caro. Conseguimos reduzir a viagem em 10 dias, adiantando o voo, e fizemos o mesmo com o aluguel do carro.

Corremos até a Vitory Rent a Car para confirmar a retirada do carro no domingo.

Ao sairmos me arrependi de não ter certificado quanto ao limite de kilometragem e autorização para sair do país. Quis voltar, pois o motivo dessa locaçao era passar uma semana no Chle, mas o André me acalmou lembrando que já havia se informado com o empresa que fez a reserva e me dissuardiu da ideia de voltar lá. Sabiamos, ao menos, que agora estariamos com transporte próprio até o fim da viagem.

Passemos pela cidade até inicio da noite e fomos tomar nosso vinho com pão e uvas no hotel.

O jogo de volei foi cancelado e ficamos no hotel assistindo Black Mirror, minisérie britânica de 2014.

OITAVO DIA

Sábado, 02 de Julho

Acordamos bem dispostos.

Apesar de lá fora o dia continuar nublado e sombrio.

Ficamos no hotel até as 13h,



Saimos em busca de câmbio e o encontramos no Shopping Mall.

Também decidimos que mereciamos uma refeição, nem que nos custasse muito. Escolhemos pela foto. Linda... e cara. Pagamos 400 pesos por uma farta porção de coisas que não comemos (miudos de porco) , a tal de Parrillada. Ficamos na vontade.



Alí, no piso superior, fica o Centro Cultural Borges. Um complexo enorme com espaços para diversos segmentos das artes: Cênicas, Plásticas, Literárias e Musicias.  Pudemos visitar instalações, exposições e mostras de artistas locais e de outros paises.










Lá fora a chuva estava torrencial. Decidimos tomar um taxi, mas, um pouco mais a frente, um pouco mais a frente... e acabamos andando todo o trajeto até o hotel... chegamos completamente ensopados, mas rindo, feito autistas num terremoto.

Pegamos nosso vinho e fomos para o quarto preparar as malas para partir na manhã seguinte.


NONO DIA

Domingo, 03 de Julho

Tomamos café da manhã, que era identico ao dia anterior e ao anterior e ao anterior. Media Lunas, café fraco e PÃN....

Saimos andando em direção a Victory para buscar o carro que nos levaria a Osorno.

O funcionário atrasou uns 15 minutos. Chegou quando já estávamos prontos a meter-lhe um processo. Demos bom dia sorrindo.

Houve muita tensão no momento de pagar, pois o valor a ser bloqueado no cartão - que nos seria devolvido ao entregar o carro - era maior do que o esperado e o saldo menor do que o esperado. Tivemos que deixar praticamente todo o dinheiro que tinhamos para a viagem alí, como caução. Ficamos com um valor pequenos, mas suficiente, para o Chile.

Finalmente de carro, peganmos as malas no hotel e seguimos rumo a Santa Rosa. A cidade que marcaria mais ou menos o meio da viagem até Bariloche - fronteira com o Chile.

Durante a viagem fiquei um pouco perseguido por pensamentos neoróticos sobre kilometragem e autorização para cruzar fronteira... mas sabia que era bobagem e afinal, minha última viagem de avetura já havia sido há mais de 15 anos atrás. Muita coisa mudou.

Tudo is bem até decidirmos confirmar com o funcionário do pedágio que nos disse que para Santa Rosa deveriamos voltar o caminho já percorrido. Saco! Assim fizemos e fomos parar na rua Santa Rosa - um subdistrito ou Bairro de Buenos Aires. Um taxista nos deu a direção certa, que era exatamente a que haviamos tomado no inicio.

Nossa alimentação nesse dia foi dois sacos de salgadinho, um refrigerante, uma mação que trouxemos do hotel e guradamos um Kiwi para depois.

Anoiteceu no caminho e paramos para dormir mais ou menos 1h da manhã na cidade de  Puelén , que fica no meio do deserto dos Conquistadores. Decidimos dormir no carro, pois economizar se fez preciso.

DÉCIMO DIA

Segunda, 04 de Julho


No meio da madrugada os dois estavam congelando diferentes partes do corpo.. mas como bons aventureiros resistimos bem. Só que ao sairmos do carro vimos tudo congelado do lado de fora. O carro estava cristalizado e os dois poderiam não ter acordado... vivos...




Tomamos um café na cafeteria do posto-hotel e notamos que embora já fosse 8 hora das manahã ainda estava escuro como a noite,

Pegamos a estrada e vimos o sol nascer no deserto.

A paisagem exótica e a forma completamente plana da rodovia nos surpreendeu.

Ainda assim as pequenas cidades sempre organizadas, limpas e com infraestrutura.

Passamos por uma área de extração de petróleo. As cidades dessa região, evidentemente, vivam dessa atividade. Ao longe vimos inúmeros sitios de extração.

Paramos para comer em Esquel.... um luar bonito cercado por uma formação rochosa que parece uma cadeia de montanhas arredondadas com furos.








Achamos estranho, pois ao pedir Peito de frango, você recebe somente o preito de frando, você recebe peito de frango assado e mais nada. André pediu um prato com um micro acompanhamento e  compartilhamos  os pratos.

Seguimos viagem e paramos ao pé da Cordilheira dos Andes onde caminhamos a beira das motanhas por cerca de 1 hora. Lugar im impressionante que nos faz sentir bem pequenininhos.

Rimos muito lembrando fatos ocorrido em Buenos Aires e nossa travessia pelo deserto. Mas estávamos felizes de saber que estariamos de carro na região do Vulcão no Chile que sobrou dinheiro suficiente para  desfrutarmos muito bem os cinco dias no Chile.

Atravessamos parte das Cordilheiras e chegamos em Bariloche com o sol se pondo.

A cidade fica cravada na cordilheira a beira de um lago enorme.

Assim que chegamos notamos a importãncia que dão ao turismo, pois tudo é um convite ao lazer.

Queria muito encontrar um lugar para pegar informaçãoes quanto o cruzamento da fronteira, pois a pulga me mordia a nuca. Mas estávamos tão cansados e, como adorno, eu estava com uma gripe que me desanimou. Exaustos, mas não abatidos. Sempre, tal qual, um par de hamsters, bastava um erguer a bola de uma boa piada, para o outro cortar e rapidamente já estávamos dinâmicos.

Quando, de fato, chegamos no interior da cidade já era noite. Passeamos um pouco pea margem do lago e fomos procurar um lugar para nos conectar e, quem sabe, beber um café.

Encontramos uma lanchonete de conveniência em um posto. Muito conformtável, bonito e com preço aceitável. Tomamos café, comemos Pasteizinhos e atualizamos nossas comunicações via internet.

Exaustos fomos para o carro procurar um lugar para passar a noite, ou seja, estacionar o carro com segurança. Nossa reserva no hotel no Chile era para o dia seguinte e estávamos apenas a 2 ou 3 horas do local.

A noite foi fria e desconfortável.

DÉCIMO PRIMEIRO DIA

Terça, 05 de Julho

Acrodamos por volta das 6h30, voltamos a mesma lanchonete, tomamos um café com Media Lunas e pegamos a estrada na escuridão das 7h da manhã.

Passamos por uma cidadezinha linda chamada La Angustura. Tipica cidade de invernos, cercada pelos montes gelados da Cordilheira.





Chegamos na Aduana da fronteira por volta das 8h, mas só abririam as 9h. Rimos dizendo que o Chile só abre às 9h.

Finalmente, ao passarmos pelo pré controle, fomos informados que poderiam não nos deixar entrar no Chile com aquele carro, já que não tinhamos autorização que é fornecida pela locadora. Mas nos disse para seguir e ver o que diriam lá no controle.

As noticias foram as piores. "Não se pode entrar com esse carro", disse o funcionário, simpático, mas categórico. Voltem, peguem a autorização ou aluguem outro.

Voltamos, mas não conseguimos autorização e nem tínhamos como alugar outro.

Usamos o dinheiro que nos restou para comprar passagens de onibus para o Chile - ida e volta.

Reduzimos toda nossa pagagem a duas  mochilas e 1 kiwiw que soboriariamos ao chegar no hotel.

Curtimos La Angustura até as 14h quando tomamos o ônibus que nos  deixaria no Km 49 a caminho de osorno.

No caminho o Assistente do Motorista disse que deveriamos todos descer e apresentar os passaporte no controle. O André, com a certeza de um guia turístico Argentino me disse "Tio, ele disse que se alguém quiser ir ao banheiro é agora..."

Na Alfãndega, todos tivemos que descer e apresentar documentos. Na fila vi a placa enorme: Proiibido entrar com frutas ... "André" eu disse num impulso "Se livre daquele Kiwi agora" e apontei pra placa. O André caminhou até um latão de lixo dentro da sala de controle e jogou a fruta no latão vazio que soou com um sino velho chamando a atenção de todos.

Sem o carro, sem dinheiro e agora, sem kiwi.

Mas passamos pela fronteira sem desabores.

Cruzamoa, em fim, a Cordilheira no seu ponto mais alto e gelado. Lindo. Mas presos dentro do onibus: frustrante.

Chegamos no Hotel. Cabñas Valicianas. LINDO ! Fomos muito bem recepcionados pelo Alberto.

A Cabana era na verdade uma casa com dois quartos. Aquecida, charmosa, bem mobiliada e com vista direta para o Lago Puyehue.

Jantamos no Hotel e desmaiamos em nossos quartos.


DÉCIMO SEGUNDO DIA

Quarta, 06 de Julho

Acordamos como novos seres humanos. Senão novos... lmpos... e descansados.

Ficamos totalmente embriagados com a beleza do lugar. Embora muito frio e nublado, o lado está em constante mudança de luz e as montnhas da Cordilheira se impõem ao Leste dando o tom andino e gelado da região.






A Cabana nos convidava o tempo todo a não sair, pois era  muito aconchegante e confortável, mas precisavamos trocar dinheiro (Reais para Peso Chileno) e comprar mantimentos no supermercado.

Caminhamos uns 2 km até o povoado Entre Lagos. Bem vilarejo , mas com centro de informações turísticas e duas casas de cãmbio. Nenhum fazia troca de reais e haviamos deixado os pesos Argentinos na Cabana. 2 km de volta até a Cabana e 2 km de voltao a Entre Lagos.  Trocamos, compramos e 2 km de volta a cabana. Sempre conversando e rindo muito.




Descobrimos que se falarmos bem alto e com sons palatares exagerados poderiamos ser compreendidos (em nosso fantasia).... por isso era sempre engraçado ver o Andre subindo o tomn de voz cada vez que tentava se comunicar em espanhol... ou se não, se calava e fazia mímica.

Pela primeira vez, em 10 dias, cozinhamos. Nos deleitamos com o frago a lá Merkel ao forno que o André nos fez, com macarrão e um Merlot maravilhoso.

Assistimos mais 3 epsódios de Black Mirror e fomos dormir.


DÉCIMO TERCEIRO DIA

Quinta, 07 de Julho


Dia de ir para Osorno.

Tomamos o micro ônibus que nos pegou na porta da valenciana e fomos até a maior cidade da região.

Notamos, já no caminho, que construções de madeira é o que impera. Sempre com aquecimento e isolamento. A maioria bem bonitinha.

Não tinha a sofisticação do outro lado da fronteira. Parece que os Argentinos se organizaram de formar a trazer prosperidade através do turismo enquanto os Chilenos dessa região de Los Lagos, assim como no Brasil, falham em cativar a permanência de turistas.

A cidade de Osorno, aprendemos, foi fundada com fins de estratégia militar na Guerra do Pacífico. Não tem muita beleza e nem muita feiura, também. Mas, pela primeira vez desde que saímos do Brasil, nos sentiamos, de fato, no cerne de uma outra cultura.




Diferente da Argentina, não entendiamos nada e não nos faziamos entender. A não ser o André que me ajudava sempre com suas traduções.

Visitamos o Museu Histórico de Osorno. O prédio era lindo. E foi isso. A exposição, embora com alguma coisa de interesse, como os fósseis ruprestes, mais parecia algo que faziamos no colégio.

Notamos também que o uso de banheiro é uma coisa importante. Na rodoviária se paga e a entraga e trancada. No museu, ao perguntarmos onde era Los Baños, fomos escoltados pelo segurança que nos aguardou na porta do banheiro.

Fomos ao mercado e compramos comida e vinho para os outros 3 dias. Voltamos para a Cabana por volta das 18h . No caminho André ajudou uma mulher que entrava no ônibis.

- Gracia - disse ela sorrindo
- Aaooeecioooa - Respondeu André num gesto cortês.... - A mulher olhou com estranhesa aquele resmundo sem sentido que o André deu. Mas aquilo era ele falando espanhou quando pego de surpresa.

A noite jantamos hamburger, pepino, batata frita e vinho e assistimos Due Date,

O Richard, funcionário que poderia ter saido dos contos de Nárnia, veio ajustar o aquecedor pra nós, pois estávamos assando. Fomos dormir por volta das 00h esperando que o proximo dia fizesse sol para irmos até o Parque,


DÉCIMO QUARTO DIA 

Sexta, 08 de Julho

O dia amanheceu dizendo "Não saiam da cabana". E obedecemos.

Com a ampla visão que tínhamos do lago Puhehue a partir da sala de estar, comida, vinha e bem aquecidos... passamos o dia no aconchego.

Aproveitei para contatar uma empresa de expedições indicada pelo ALberto, gerente do hotel. Queriamos ir até o vulcão Casablanca que fica dentro do Parque nacional de Puhehue. A resposta foi, não. Estava previsto uma tempestade e a visiblidade já estva ruim.


DÉCIMO QUINTO DIA 

Sábado, 09 de Julho

Acordei e fui tirar fotos ao redor do lago, pois estava sol. André foi para o seu ritual matinal e quando saiu da cabine o sol já estava se escondendo.

Mesmo tedo sido alertados quanto ao mau tempo decidimos ir por conta propria ao vulcão. 

Pegamos o buzinho na frente do hotel que os deixou no centro do parque nacional.



O parque é simplesmente magnífico. ALém de ter toda infraestrutura de lazer, turismo, cutura e esporte, é imenso e oferece atividades pagas e gratuitas. O exemplo são as piscinas térmica. Se você paga você acessa uma área fechada com piscinas ladrilhadas com água quete do vulcão. Se não paga vai até o rio, cava alguns centímetros com a mão e a água fervendo brota....

Escolhemos um roteiro ousado. Fizemos a trilha do Descobridor (ou algo assim) que nos levou até a parte mais alta do centro do parque. A subida foi puxadinha e molhadinha. MInha bota vagabunda ficou logo ensopada. Descemos pelo outro lado onde conseguimos carona até o vulcão. Já chovia e não se podia fazer muito. Ficamos um pouco lá encima com a família de turistas chilena e descemos com eles. Ao chegar lá embaixo a chuva parou. Inferno !

Ainda assim foi impressionante estar aos pés do vulcão Casablaca.

Meus pés estavam agora adormecidos. A temperatura estava abaixo de zero e meus dedos molhados.

Dentro do ônibus senti que estava com problemas no meu dedão do pé. Disse ao André que fosse ao supermercado sozinho e eu desceria na cabana para aquecer os pés. De fato. Uma mancha roxa cobri todo o meu dedão.. aqueci, aqueci e retomei a circulação. Um mes depois a mancha ainda estava lá.

Sendo a última noite, decidimos fazer tudo o que tinha restado na geladeira. Comemos muito e pensamos se o carro ainda estaria lá onde deixamos e o que faríamos se não estivesse.

Dessa vez quem escolheu o hotel para passarmos uma noite em Buenos Aires um dia antes do vôo foi o André. Encontrou um lugar chamado La Hana. Fez a reserva para o dia 12 ás 8h da manhã.

Baixei o trajeto de como chegar e enviei para o e-mail do André que tinha o celular em constante conexão com a internet.

DÉCIMO SEXTO DIA 

Domingo, 10 de Julho

Fomos avisados logo pela manhã que o ônibus não pararia na frente do hotel. Deveriamos ir até Entre Lagos e torcer para que paracem.

Tinha muita chance de muita coisa dar errado:

O ônibus não parar e ficarms presos no Chile sem dinheiro;
O Onibus para, mas quando chegarmos na Argentina o carro ter sido roubado, pois estava estacionado em beira de calçada;

Mas... o humor de ambos sempre em alta. Qualidade fantástica num companheiro de viagem, e isso André tem a esbanjar. Não importa o tamanho do desafio, sempre encarava comigo com humor e leveza.

Pararam. Tamb[em, entramos na frente dele, no meio da rodoviapulando e mostrando os bilhetes.

Pegamos dois asentos no andar superior na frente. com toda vista da janela para nós.

Pudemos dessa vez ver bem e amlamente todo o miolo da cordilheira dos andes. Quer dizer... eu... o André viu em seus sonhos. Mas depois eu contei cm detalhes pra ele.

Chegamos em La Angustura e encontramos o carro são e salvo.

O André dirigiu a maior parte do percurso de Bariloche a Buenos Aires.

Paramos para dormir no exato local onde paramos na ida.

DÉCIMO SÉTIMO DIA 

Segunda, 11 de Julho


Dorminos no carro. O fri estava como na ida, mas dessa vez decidimos ligar o carro de temo em tempo para aquecer.

Tomamos café da manhã no hotel e seguimos para Buenos Aires.

E ao Chegar na capital, fomos direto comer e logo em seguida passamos 4 horas tentando encontrar o hotel. Uma amldita rua que se segmentava em tres partes e ninguém sabia dizer ao certo onde começava cada parte. É que além dela fazer uma curva enorme ela foi ganhou um estadio de futebol no meio.

Já perto da meia noite, sem acesso a internet para verificar as direções que passei, decidimos dormir no carro novamente,


DÉCIMO OITAVO DIA 

Terça, 12 de Julho


Pela manha  fomos a um café onde acessamos a net e nos localizamos pelo mapa. Estava bem ao lado.

No caminho um taxista bateu na traseira do nosso carro. Fudeu ! pensei. Mas depois notamos que foi apenas um arranahão. Ainda assim temiamos que fossem nos reter o dinheiro da caução.

A regiao do hotel era de comerciantes, como a 25 de março de São Paulo. O Hotel que o Andre localizou era de sacoleiros.

Não tinham quartos livres, ainda Apenas depois das 15h. Diante do meu clamor nos deixaram ficar no quarto com uma sacoleira que só passava no quarto para deixar mais sacolas.

O hotel era uma mistura de albergue, abrigo de hippies e prostíbulo. Paredes pintadas com cores fortes, a tal da sapa "La Rana" pintada em diversas paredes, com baton e salto alto, e porta e corredores em todas as formas...

Dormimos das 10h ás 16h, compramos pizza e voltamos a dormir.


DÉCIMO NONO DIA 

QUARTA, 13 de Julho


Saimos apressados para lavar o carro, entrega-lo e recuperar o dinheiro. Dinheiro que ns teria sido tão útil a viagem inteira teríamos apenas no último dia.

Devolvemos o carro sem notarem o arranhão.

Saimos ás compras. Comprei 4 vinhos, uma caixa de alfajor e uma camiseta para o Gunnar, meu companheiro; O André comprou 3 vinhos e todo o estoque de alfajor de Buenos aires.... rs

Estamos empipinados com vinhos e uma tonelada de alfajores que o André comprou pra uma legião de amigos. Eu estava certo que estávamos acima o limite de peso.

E assim foi. Precisamos reduzir 5 kg da mala maior. Foi farofada para arrumar tudo de uma mala para a outra, mas deu certo.

Segunda barrada foi no raio x. Marinheiro de primeira viagem, André deixou seu canivete na mochila. A policial muito antipática o fez abrir e retirar o cortante que foi pro latão de lixo.

Terceira barracda foi a catracada que levamos do controle de passaportes. O André estava ao lado do luminoso que anunciava a cabine livre. Havia dezenas delas. EU disse "Anda, André. Escolha um número de 1 a 30.. anda logo." Ele mei a contra gosto, disse "Sei, lá... hummm.... 21" E no mesmo instante a luz acendeu ao lado da sua cabeça "21".. começamos arir e assim chegamos na cabine. O policial nçao gostou e perguntou se estávamos rindo da cara dele. Disse, no meu espanhol rebuscado, "No, No"... ele acabou sorrindo, mas disse que é pra vir sempre apenas uma pessoa.

Por fim, embarcamos rumo ao Brasil. Cansados, exaustos e já com saudades da Argentina e do Chile ao lidar com a gorsseria do povo na fila do Buss Service do aeroporto e a globo ligada dentro do ônibus mostrande bestialidades.



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